Há largos meses que não dava um passeio para desenferrujar o esqueleto.
Dirão alguns, (sempre atentos ás minhas andanças médicas);
- É obvio que tens de estar enferrujada com tantas transfusões de ferro ao longo do ano!!!!
Têm toda a razão e o pior de tudo são os sucessivos internamentos que mal me deixam recuperar o equilibrio.
Na passada sexta-feira o tempo de sol e calor apelava a uma passeata á beira rio.
Os tónicos e as vitaminas abrem o apetite e depois de uma calma e agradável refeição (bife do lombo, puré de batata e um leite creme) chegou a molesa e só apetecia estiraçar o esqueleto numa cadeira.
Lá estava ela (a cadeira) a chamar por mim
Deixei-me levar pelo vai-vem do teleférico e quase adormeci, não fosse uma gaivota gralha e desajeitada que quase me poisava em cima dos pés.
Mal refeita do susto olhei para cima e comecei logo a imaginar quando é que uma azeitona da bela oliveira que me dava sombra me iria cair num olho ou na testa??!!
O esqueleto já acusava algum mal estar por falta de almofadas na cadeira e o melhor seria dar outra volta.
Os canteiros de flores abundam nesta varanda do Vasco da Gama e as gaivotas fazem voos picados em direcção ás mesas da esplanada inferior em busca de um hamburguer ou de uma fatia de pizza distraídos.
Lá fora o sol queimava (28º) e uma caminhada até ao Rio Tejo não seria nada fácil.
Normalmente fazem-se pequenas feiras de artesanato, livros e enchidos na zona da gare do Oriente (local bem mais fresco áquela hora)
A banca dos queijos e presuntos foi a que me atraiu particularmente
Já de regresso e parada num semáforo ainda houve tempo para uma foto á velha chaminé da Sacor que está bem preservada e que eu via acesa dia e noite todo o ano na infância.
Termina aqui a reportagem possivel em 3 horas de agradável veraneio, mesmo com algum mal estar no esqueleto.