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grilinha

Aqui escrevo de tudo um pouco, principalmente, de tudo o que me vai na alma.

O meu outro Blog - de Culinária "A Cozinha da Grilinha"

.: Fim do Verão :.

* * Grilinha * *, 09.09.10

Já escrevi estas palavras vezes sem conta e continuam a fazer sentido ano após ano.

Detesto o cair das folhas, o tempo cinzento e abafado que nem é Verão nem é Inverno e o tom amarelo das árvores.

Detesto não ouvir os passarinhos nos meus beirais (apesar dos entupimentos que me causam no algeroz).

Detesto voltar a calçar sapatos e a vestir casacos e camisolas de manga comprida.

Os dias ficam mais curtos e a noite instala-se mais cedo.

 

Como eu gostava de me mudar de armas e bagagens para o hemisfério sul (Brasil) nesta altura do ano.


Raios parta o tempo das constipações, depressões e outras "ões" que nesta época aparecem.


Vou ali e já volto que só me apetece fugir e nem dizer adeus a quem fica!!

.: Natal, Natais, .... :.

* * Grilinha * *, 30.12.09

Este post tem estado pendente mas achei por bem publicá-lo já, para não começar o ano com posts de "Mau-Feitio"

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Ouve-se muito a frase "O Natal já não é o que era!!"

 

Eu acho que o Natal continua a ser o que era mesmo acompanhando as alterações ao longo dos anos.

 

Na minha infância e juventude (décadas de 60 e 70) a noite de Natal era uma típica noite da Beira Baixa:

- Alguns elementos da família (nunca menos de 15) juntavam-se numa das casas maiores e festejava-se o nascimento do menino Jesus com a ceia (bacalhau, couves e batatas) e fritavam-se as filhoses e coscorões ao longo da noite ao som dos cantares típicos de Natal.

Os mais novos divertiam-se a ajudar as mães e tias a esticar a massa das filhoses.

As prendas (a dos pais e pouco mais) estavam em casa de cada um e só se abriam na manhã do dia 25.

 

Com o passar dos tempos e acompanhando a evolução económico/consumista do País e do Mundo e a constituição das famílias, a comemoração do Natal sofreu alterações.

 

Os mais novos (primos e primas) foram casando e assim se foram formando vários núcleos familiares.

 

Não fui excepção e desde 1979 que passei a ter o Natal em minha casa com a família que constituí (filhos, pais, sogros e cunhados). Com o decorrer dos anos, novas famílias e novas divisões se impuseram.

 

Hoje em dia "a crise" é motivo de justificação para tudo e mais alguma coisa e para muitos nesta época ela vem mesmo a calhar para justificar o que não tem justificação (digo eu que tenho mau-feito).

A crise??!!! Não será ela justificação esfarrapada para justificar o que não tem justificação?

 

Para mim as crianças e jovens continuam a ser o alvo dos festejos do Natal (família, ternura do passado, valor do presente e esperança no futuro).

 

Recordo com saudade a simples filhós (forma de boneco) que a minha avó mandava para Lisboa e nunca se esquecia de nenhum dos mais de 30 netos que tinha.