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grilinha

Aqui escrevo de tudo um pouco, principalmente, de tudo o que me vai na alma.

O meu outro Blog - de Culinária "A Cozinha da Grilinha"

.: Os Filhos :.

grilinha, 03.04.04
Há já alguns dias que ando para escrever para vocês (filhos), mas o tempo foi passando e acabei por me envolver com outros temas. São tantas coisas que acontecem no dia a dia, que acabo por deixar para depois, metade do que penso fazer.

A Ana Rosa tem 22 anos, alta, ruiva e é do signo Escorpião (doce, meiga mas de “nariz empinado”). Daria para escrever um livro sobre situações do quotidiano desta ruiva que iniciou os estudos aos 5 anos de idade e hoje já licenciada exerce a sua profissão de consultora numa prestigiada empresa. Ao longo dos 12 anos de escolaridade, obteve sempre as melhores classificações sendo ainda hoje referenciada por muitos dos professores e proprietários do Colégio Valsassina.
Um dos seus hobbies foi o Ballet que a acompanhou até aos 17 anos (certificada pela Royal Academy of Dance). Depois vieram as danças de salão e aí começa uma nova etapa da sua vida. Nas danças conhece o namorado e nesse ano entra para a Universidade. Na Universidade Nova de Lisboa foi a melhor aluna em algumas das cadeiras do curso de Gestão, tendo sido destinguida com bolsas e prémios atribuídos pela Univ. e por Empresas patrocinadoras.
Teve ainda tempo para frequentar o programa Erasmus na Holanda. Aos fins de semana frequentava cursos de Línguas (Espanhol e Inglês). Aos 18 anos tirou a carta de condução e ofereci-lhe o meu Opel.
Hoje partiu em mini-férias para o Algarve e Sul de Espanha. Quando regressar a Lisboa terá a surpresa que reclamou há alguns dias num dos comentários que colocou aqui no blog.



O António (Tó) tem 20 anos (quase 21), moreno, mede 1,90, pesa 95 kilos e é do signo Leão. Devido à sua frágil saúde (asmático), foi submetido a diversos internamentos e cirurgias (oftalmologia e apendicite) até aos 10 anos de idade. A irmã era a sua segunda mãe (ainda hoje não toma decisões de maior vulto sem que a “Anita” lhe dê a sua opinião). Como passava muito tempo em casa ou no hospital, todos lhe queriam minimizar o sofrimento e ofereciam-lhe jogos para a consola de Nintendo. “Profissionalizou-se” em jogos, de tal modo, que chegava a terminar um jogo no próprio dia em que o recebia. (hoje guarda religiosamente essa consola e a imensa colecção de jogos).
Nos primeiros anos de escolaridade foi-lhe diagnosticada uma hiperactividade e desatenção quase total ás tarefas escolares, que as professoras diziam ser a resposta à excessiva protecção familiar. Uns anos mais tarde foi acompanhado por um terapeuta que lhe chamou "superdotado". Nessa altura pouco ou nada se sabia sobre estes casos. Por sugestão deste terapeuta inicia-se no Ténis e na Natação. O Ténis ficou apenas como uma boa recordação, uma colecção de raquetes "empenadas" e sempre que pode lá vai assistir a algum jogo do "Estoril Open". A natação passa a ser o seu desporto de eleição e aos 16 anos ingressa no Polo-Aquático. Da UEL passa para o Sporting onde joga actualmente como federado.
Nos 12 anos de escolaridade do colégio Valsassina foi sempre um aluno mediano mas esforçado por acompanhar o andamento dos colegas.
É extremamente meigo e sensível. Sempre que vai ao Colégio assistir ás festas anuais lá estão as “meninas” (continuas) à sua volta cheias de saudades do menino meigo e ternurento que elas ajudaram a criar.
Aos 18 anos tirou a carta de condução e hoje em dia é o meu "choffeur" particular na maioria das passeatas.
O ano lectivo 2003/2004 traça o início de uma nova etapa com a entrada no curso de eng. Informática do ISEL. A sua grande paixão é o PC que construiu peça a peça.
    


Não se pense que a vida lhes sorriu sempre. A minha doença surge quando tinham 16 e 14 anos respectivamente. Aguentaram firmes durante mais de 6 meses (dia após dia, noite após noite), visitando-me diariamente (nem sempre possível devido ao estado precário em que me encontrava) mantendo o sorriso e o brilho nos olhinhos rasos de lágrimas de saudade. Foi por eles que eu sobrevivi e contrariei as informações clinicas de “não há mais nada a fazer”.
Hoje, passados 6 anos, continuo a ajudá-los e apoiá-los e a tê-los sempre junto a mim, não esquecendo todo o apoio, a presença e o acompanhamento do Pai como pilar forte da Família.

Amo os meus filhos desde o momento que soube que estava grávida e orgulho-me de ter os melhores FILHOS do Mundo.

Espero como mãe, que eles consigam realizar os seus sonhos. Esta será a confirmação de que os soube educar!!!

beijinhos da Mãe Grilinha

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