Envelhecer é inevitável e faz parte do crescimento natural e contínuo da vida.
Neste processo evolutivo acontecem momentos de abrandamento aos quais lhes chamamos “etapas/crises”.
Ao longo da vida as “etapas/crises”, pequenas ou grandes, traumáticas ou naturais, sucedem-se e encaixam-se num crescente de aprendizagem e saber.
Crise da puberdade – se tive nem me lembro!!
Crise da adolescência – lembro-me que dei algumas (bastantes) dores de cabeça à minha mãe
Crise dos 20 – nem sei se a tive porque foi a melhor fase da minha vida (casamento e filhos)
Crise dos 30 – uhmmm ...... bem ..... ..... nem sei por onde começar, pois … … só me lembro que a cada dia que passava achava que o Mundo ia ser meu (família, curso e carreira de vento em popa).
Crise dos 40 – esta chegou aos 20 dias depois dos 40 (6/1/1998) tipo, bomba atómica!!
Crise dos 50 – saltou definitivamente para a crise dos 70 (sofá, robe, pantufas, internet, chá e bolachas)
Segundo dizem os entendidos, saltei a “etapa/crise” da meia-idade (40-60), a fase da consciência do próprio envelhecimento e da existência de limites da vida.
Já realizei muitos dos meus sonhos (família, filhos, carreira).
Os meus pais já se foram e os filhos já trilham pelo seu próprio pé os caminhos da independência.
Deparo-me agora com o factor tempo ou falta dele.
- “ter tempo para isto ou para aquilo”
A minha relação com o “tempo” não está a ser nada fácil e os cabelos brancos, as rugas e a frágil condição física são a prova disso.
Será sempre uma incógnita saber quando atingimos a “meia-idade”
- Quem é que sabe onde fica o meio-da-idade??
- Os 56 anos chegaram hoje e o futuro a Deus pertence.
Deixei de dizer:
- Amanhã eu vou ou Depois de Amanhã eu faço.
Passei a dizer:
- Hoje não consigo, talvez amanhã lá vá .... (mas sempre acreditando que chego lá - ao amanhã)
Obrigada família, amigos reais e net_amigos, por me fazerem companhia ao longo destes anos, pela paciência e apoio que me dão.
Grilinha (16/12/2013)