Acham que sim?
As estatísticas confirmam a afirmação do título deste post com os argumentos de que:- Os jovens preferem sacrificar a independência a perder o conforto e a comidinha da casa dos pais.
- O bom relacionamento familiar e uma orientação correcta são também factores positivos no prolongamento desta estadia.
Para os pais esta opção é normalmente vista com agrado, no entanto um dia chegará a hora de levantar voo do ninho.
Por volta de Janeiro de 1979 (com 21 anos de idade e 3 de namoro para casar, trabalho e escolaridade feita), a Grilinha decidiu “encostar o Manel á parede” e obrigá-lo a marcar a data do casamento para o mês das férias.
Depois de algum nervosismo, gaguejos, suores e hesitações, o Manel lá se decidiu a marcar o casamento para 12 de Agosto desse ano mas, ...... sim havia um mas.
- A minha mãe diz que devemos casar pela igreja e ter juízo até ao casamento.
Esta minha sogra é única e o filho vai pelo mesmo caminho (pensava a Grilinha)!!!!
A sogra bem sabia que ela não tinha ideias muito ortodoxas já naquela época e antes que decidisse juntar os trapinhos e sacar-lhe o filho lá de casa sem copo-de-água, testemunhas e padre, tratou logo de avisar que “casamento do filho - só como manda o figurino”.
Aqueles 8 meses passaram num piscar de olhos e a casa estava pronta e mobilada para receber o casalinho. A festa correu ás mil maravilhas com quase 100 convidados (para alegria dos pais e dos sogros)
Filha única, acabou por não ser complicado decidir o casamento, até porque, apesar da casa estar dividida internamente a entrada fazia-se pela mesma porta do prédio. Pouco mudou a não ser colocar mais um prato á mesa.
Assim decorreram mais de 20 anos até que os pais faleceram.
Agora chegou a sua vez de ver sair de casa a filha mais velha (há uma semana que ela levou “armas e bagagens”).
Porque razão anda a Grilinha com a lágrima fácil e um malvado nó na garganta que, não ata nem desata??!!
Era esta a opção que ela queria tomar há 28 anos, mas a sogra e a mãe não deixaram (ai se fosse hoje bem podiam estrebuchar que não ganhavam a batalha) e agora, está toda lamechas porque a filha com 25 anos, formada e uma carreira profissional magnífica, decidiu constituir uma nova “unidade familiar”
- Não me digam nada nos próximos tempos que isto não vai ser fácil de ultrapassar. Não vai, não!!
Agora percebo porque é que a minha mãe dizia que os filhos deveriam ser sempre pequenos!!
É egoísmo da nossa parte de “mães galinhas”, mas só quem “vira sogra” percebe as minhas palavras.
Família, são os que vivem em paz e harmonia
Continuamos a ser uma Família