.: Do Virtual ao Real ... :.
grilinha, 09.11.05
Para muitos, a passagem do virtual para o real é bastante dura.
Para outros, impossível.
- Lembro-me dela, que não era ela, era ele.
- Lembro-me dele que não tinha charme algum, embora fosse um verdadeiro Don Juan no virtual. Sabia lidar muito bem com as palavras escritas.
- Lembro-me de toda aquela falsa alegria que vários deixaram transparecer durante anos através das letras e que, no real, rolou ladeira abaixo.
- Lembro-me de opções sexuais que não eram verdadeiras e de amizades que não foram sinceras.
- Lembro-me daquela loura fatal, sexy, sensual que enviava as fotos causando frisson em muitos.
Trinta, trinta e cinco anos, talvez?
Não. Já era avó e beirava seus setenta anos.
As tais fotos eram de cerca de trinta anos atrás retocadas por um super photoshop.
- Lembro-me de críticos literários.
Viviam de um sonho que possivelmente jamais concretizaram.
- Lembro-me dos exaltados, ferozes, provocadores.
Verdadeiras ovelhinhas no real.
- Lembro-me de profissões virtuais.
Médicos, Advogados, Engenheiros.
Seres reais que nem sequer tiveram a oportunidade de passar na porta de uma faculdade.
- Lembro-me dos donos da verdade virtual, apenas virtuais.
No real, não tinham opinião a respeito de nada.
Perdiam-se dentro das suas próprias dúvidas.
- Lembro-me dos intelectuais, vários, a maioria de "trazer por casa".
- Lembro-me de amores que jamais passaram para o real pois no virtual já eram impossíveis.
Se bem que necessários.
- Lembro-me do caracter dos seres virtuais.
Como distinguir os bons e os maus?
No virtual, ninguém nunca foi de ninguém e quando chegaram ao real, poucos foram de alguém.
- Lembro-me dos formadores de opinião e das vaquinhas de presépio.
- Lembro-me da unanimidade virtual, talvez a única coisa real.
- Lembro-me de enigmas. É assim ou assado? É falso ou verdadeiro?
- E lembro-me dos especialistas em enganar, trapacear, provocar.
- Lembro-me dos ofendidos, feridos que sangravam virtualmente até não poder mais.
- Lembro-me dos ódios e intrigas. Quem seria o vilão e a vítima? Jamais saberei.
- Lembro-me de mim, no meio de um tiroteio invisível ou de um carinho duvidoso.
- Lembro-me da ofensa, da necessidade de denegrir a imagem de pessoas que incomodavam a outras pelo simples facto de se destacarem virtualmente.
- Lembro-me, finalmente, que o virtual jamais conseguiu ser real e que o real vivia a anos luz do virtual.
Depois de lembrar-me de tudo isto chego á conclusão de que apenas sei que nada sei sobre o mundo virtual, assim como ninguém sabe.
(autor desconhecido - recebido por mail)
Para outros, impossível.
- Lembro-me dela, que não era ela, era ele.
- Lembro-me dele que não tinha charme algum, embora fosse um verdadeiro Don Juan no virtual. Sabia lidar muito bem com as palavras escritas.
- Lembro-me de toda aquela falsa alegria que vários deixaram transparecer durante anos através das letras e que, no real, rolou ladeira abaixo.
- Lembro-me de opções sexuais que não eram verdadeiras e de amizades que não foram sinceras.
- Lembro-me daquela loura fatal, sexy, sensual que enviava as fotos causando frisson em muitos.
Trinta, trinta e cinco anos, talvez?
Não. Já era avó e beirava seus setenta anos.
As tais fotos eram de cerca de trinta anos atrás retocadas por um super photoshop.
- Lembro-me de críticos literários.
Viviam de um sonho que possivelmente jamais concretizaram.
- Lembro-me dos exaltados, ferozes, provocadores.
Verdadeiras ovelhinhas no real.
- Lembro-me de profissões virtuais.
Médicos, Advogados, Engenheiros.
Seres reais que nem sequer tiveram a oportunidade de passar na porta de uma faculdade.
- Lembro-me dos donos da verdade virtual, apenas virtuais.
No real, não tinham opinião a respeito de nada.
Perdiam-se dentro das suas próprias dúvidas.
- Lembro-me dos intelectuais, vários, a maioria de "trazer por casa".
- Lembro-me de amores que jamais passaram para o real pois no virtual já eram impossíveis.
Se bem que necessários.
- Lembro-me do caracter dos seres virtuais.
Como distinguir os bons e os maus?
No virtual, ninguém nunca foi de ninguém e quando chegaram ao real, poucos foram de alguém.
- Lembro-me dos formadores de opinião e das vaquinhas de presépio.
- Lembro-me da unanimidade virtual, talvez a única coisa real.
- Lembro-me de enigmas. É assim ou assado? É falso ou verdadeiro?
- E lembro-me dos especialistas em enganar, trapacear, provocar.
- Lembro-me dos ofendidos, feridos que sangravam virtualmente até não poder mais.
- Lembro-me dos ódios e intrigas. Quem seria o vilão e a vítima? Jamais saberei.
- Lembro-me de mim, no meio de um tiroteio invisível ou de um carinho duvidoso.
- Lembro-me da ofensa, da necessidade de denegrir a imagem de pessoas que incomodavam a outras pelo simples facto de se destacarem virtualmente.
- Lembro-me, finalmente, que o virtual jamais conseguiu ser real e que o real vivia a anos luz do virtual.
Depois de lembrar-me de tudo isto chego á conclusão de que apenas sei que nada sei sobre o mundo virtual, assim como ninguém sabe.
(autor desconhecido - recebido por mail)